Reviews

0.0

User Score

0 ratings
Rate This

Descriptions:

Durante o Citrus Connect 2025, José Blasco, pesquisador do Instituto Valenciano de Investigaciones Agrarias (IVIA), apresentou uma palestra essencial para entender o papel dos sensores ópticos, robótica e inteligência artificial na transformação da citricultura moderna. Com décadas de experiência, Blasco compartilhou avanços, aplicações práticas e tendências tecnológicas que estão moldando o futuro da produção cítrica com maior precisão, sustentabilidade e rentabilidade.

O que você vai encontrar nesta palestra?

O conteúdo apresentado explora:

  • Como câmeras multiespectrais, hiperespectrais e térmicas detectam sinais invisíveis de estresse na planta.

  • O uso de robôs e drones equipados com sensores para monitorar saúde, crescimento e rendimento.

  • Aplicações concretas para previsão de colheita, diagnóstico nutricional e detecção precoce de pragas.

  • O potencial dos sensores para avaliar vigor, clorofila, conteúdo de água e alterações estruturais das folhas.

A lógica por trás dos sensores: detectar o invisível

Blasco compara o uso dos sensores à atuação de um médico com termômetro: não é preciso ver o problema para saber que ele existe. Da mesma forma, plantas sob estresse fisiológico mudam seu padrão de emissão de energia, o que pode ser detectado por:

  • Câmeras RGB (cor), para mudanças visuais e pigmentação.

  • Câmeras térmicas, para detectar elevações de temperatura causadas por estresse hídrico ou doenças.

  • Câmeras hiperespectrais, para análises profundas da estrutura, conteúdo de água e composição foliar.

Plataformas de aplicação: do satélite ao robô

A palestra apresenta os diferentes níveis de aplicação:

  • Satélites, para análise de grandes áreas e paisagens agrícolas.

  • Drones, para monitoramento detalhado em nível de planta.

  • Robôs agrícolas ou tratores equipados, para análises foliares e mapeamentos 3D de biomassa.

Blasco também destaca o uso do LiDAR (scanner laser), capaz de reconstruir a planta em 3D e acompanhar o desenvolvimento ou o início de declínio antes que os sintomas sejam visíveis a olho nu.

Exemplos práticos e projetos do IVIA

Entre os projetos desenvolvidos pelo seu grupo de pesquisa estão:

  • Estimativa de colheita com visão artificial, inclusive para frutas verdes, usando algoritmos treinados com inteligência artificial.

  • Diagnóstico nutricional com câmeras hiperespectrais, correlacionando dados espectrais com análises laboratoriais reais para prever níveis de nitrogênio, potássio, boro, etc.

  • Desenvolvimento de sensores modulares para tratores, conectados a tablets para visualização em tempo real.

Essas soluções, já testadas em cítricos, caqui e abacate, demonstram aplicabilidade prática e viabilidade crescente no campo.

Recomendações para adoção tecnológica

Blasco encerra com reflexões fundamentais:

  • A tecnologia não é plug-and-play, exige adaptação à realidade de cada campo.

  • Não existem soluções universais: é preciso identificar as necessidades antes de investir.

  • A coleta de dados precisa ser contínua e integrada — o objetivo é construir um vídeo da produção, não apenas uma foto.

  • O avanço tecnológico é inevitável — se não for feito localmente, será importado.


Para quem é essa palestra?

Esta palestra é indispensável para produtores, engenheiros agrônomos, técnicos, pesquisadores e empresas agrícolas que buscam elevar o nível da gestão na citricultura com base em dados reais, sensores e inovação aplicada.

Leave your comment